AS ARMADILHAS DA DEMOCRACIA
Algum tempo
atrás, vendo uma postagem sobre a necessidade da participação dos cidadãos na
vida pública do município, fiz um comentário sobre algumas ações que estão sendo usadas em detrimento de interesses democráticos que a Constituição outorga aos cidadãos, direitos para controlar, fiscalizar e cobrar dos Poderes constituídos mais probidade e
eficiência na coisa pública.
Nesse
comentário fiz uma analogia entre a opinião do filósofo Luiz Felipe Pondé (vídeo acima) sobre os “Conselhos Populares” (Decreto 8243, de maio 2014), e as
intervenções diretas dos cidadãos no controle da vida pública. Não que nós não devamos participar dessas prerrogativas constitucionais, mas é extremamente
necessário que haja consciência de que elas também são usadas a favor interesses
pessoais, ideologias ou partidos políticos.
Eu, por exemplo,
apesar de ter tempo de sobra, poderia participar assiduamente de possíveis comitês
locais de fiscalização, mas não tenho vocação ou habilidade para isso, e, apesar de saber da extrema necessidade desse controle, concomitantemente, prefiro ser representado
por alguém que eu possa avaliar e cobrar suas ações nas atribuições nos diversos níveis
dos poderes, e se está mesmo correspondendo aos meus interesses naquilo para o qual foi delegado pelo meu voto.
Os menos
avisados poderiam afirmar: “Mas você já é representado!” E é aí que precisarm refletir, será que somos mesmo representados?
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